domingo, 15 de abril de 2012

Aprendendo a Seguir o Coração - Cap. VII

         Aqui vai a penúltima parte dessa história. É só clicar aonde está escrito: primeiro capítulosegundo capítuloterceiro capítulo, quarto capítuloquinto capítulo e sexto capítulo para acessar um deles ou clicar no marcador abaixo da postagem, onde está escrito "Aprendendo a Seguir o Coração", para encontrar todas as partes do conto as quais já foram publicadas.


Divirtam-se!


Capítulo VII


- Eu te amo, sempre te amei e sempre te amarei, minha pequena Sophia. Tudo que fiz tem explicação. Eu nunca poderia ser Lord amando você tanto, eu não quero ser seu amigo fiel para todas as horas, eu queria e quero ser seu marido, companheiro, para o resto de nossas vidas. Eu não aguentaria te ver com outro. Também não tinha a coragem de te falar isso naquele momento, eu a via como uma rainha, enquanto eu só sou eu.– Niall deu um passo na direção da rainha.

        “Voltei justamente porque descobri nunca desistiria de você. Eu não queria voltar, a não ser quando eu tivesse um plano para fazer você ficar comigo, por mais que eu fosse um cara comum, mas... mas, ao mesmo tempo, fiquei com temor de você se casasse se eu não viesse para Cerasis logo. No fim, admito, voltei sem plano nenhum, inseguro e participando de todas as manifestações... E onde fiquei? Fiquei num casa de um camponês do reino vizinho, ajudando ele na lavoura. E agora te vendo de novo, e eu tendo amadurecido, percebo que nada disso realmente importava para meu coração. Ele te queria e te quer: simples assim. – ele deu mais um passo em direção a rainha, sempre olhando nos olhos dela.”

       “Mas é seu direito ficar com raiva de mim, querida. No fim, eu descumpri uma promessa muito importante para ti, não foi? Mas eu sabia que você tinha força suficiente para governar todo esse povo, mesmo sozinha, você tinha toda uma força a qual nunca lhe abandonou. Você teve sempre mais capacidades do que imagina ou imaginava. Respondi todas as suas questões? Eu ainda tenho aquela pergunta...”

         Um sorriso apareceu mais uma vez em sua face, estava cada vez mais próximo de Sophia, nunca desviando o olhar. Ela estava lutando com seus sentimentos, não sabia o que fazer pela primeira vez, era uma rainha e não deveria estar com um rapaz, que não era Lord, sozinha em seu quarto. Não sabia se entregava logo ao jovem todos os anos que sentiu saudades e preocupações por ele. Aquilo era novo para ela. Acreditava em tudo o qual foi dito, porém não sabia o que fazer com tudo isso. Bem, nesse caso, chegou a conclusão em fazer o mais simples: responder a questão dele.

- Eu te amo, sempre. – sentiu uma leve tontura ao falar isso, e quando pensou em se sentar, Niall já estava próximo o suficiente e segurou a sua mão, impedindo-a de se apoiar na cama. Momento de silêncio. Como ele estava alto... Antes ele era mais baixinho que Sophia, mas agora estava uns 20 centímetros mais alto. Estava mais forte também, e seus olhos continuavam a encanta-la.

          Niall agora estava sério e olhava a jovem nos olhos. Ela não tinha mudado quase nada, a não ser ter ficado mais bela, e seus olhos... Ele sentia muito por te-la feito sofrer por tanto tempo assim, para piorar, por culpa dele, por não ter tido nenhum plano para liberta-la de tantas regras daquele governo. Sentiu também o corpo dela fraquejando, como estivesse se livrando das resistências que lhe restavam ao se aproximar do corpo de Niall. Ele não suportava mais, foi chegando mais perto da boca de Sophia, ela foi fechando os olhos lentamente junto com os do jovem. Por fim, um lábio se encontrou com o outro e eles se beijaram, os dois compartilharam, naquela hora, a melhor sensação possível, tão fantástica que foi indescritível. Finalmente, estavam juntos.

- Desculpe – Niall foi o primeiro a se despertar de tudo aquilo, mas, apesar de estar preocupado, sorria. – Eu não resisti. Tenho que ir. Daqui a pouco podem perceber que você está sozinha comigo, no seu quarto. Não posso lhe causar tantos problemas quanto te causei. Mas nunca se esqueça, eu te amo!

          Assim, ele saiu do quarto da forma mais discreta possível, chamou Daniel. Ninguém melhor do que o chefe da guarda para indicar o caminho mais discreto para sair do palácio. Era necessário evitar qualquer comentário sobre o revolucionário e a rainha, e ao pensar nisso, Niall teve uma ideia. Ia ser complicado, mas era possível... Ia ser necessário a ajuda de algumas pessoas de confiança para elaborar o plano, e poderia discutir isso com Louis quando esse o fosse visitar. Precisaria da ajuda de Daniel, dos 12 Lords e, talvez até de Joseph. Sim, ele iria trabalhar agora, o que ajudava, querendo ele ou não, a refletir melhor. O seu coração, porém, não parava de dizer ao jovem que tudo ia dar certo.

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